Doenças raras: como encarar a praga da desinformação?

Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem aumentar expectativa e qualidade de vida dos pacientes. Congresso gratuito trará novidades

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As doenças raras afetam a vida de 13 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. E, segundo pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência em 2020, três a cada 10 brasileiros desconhecem o que elas são. Progressivas, crônicas, degenerativas, grande parte delas não tem cura e pode levar à morte. Mas esse cenário sombrio pode se transformar com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, capazes de aumentar a expectativa e a qualidade de vida dos pacientes. Para que isso seja possível, é necessário combater um grande problema: a desinformação.

Disseminar informação de qualidade é um dos principais objetivos do IV Congresso Ibero-americano de Doenças Raras, nos dias 26 a 29 de outubro. Realizado pela Associação MariaVitoria de Doenças Raras e Crônicas (Amavi), com o apoio da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas), o evento reunirá especialistas em mais de 15 doenças raras – veja a programação completa. Com transmissão e tradução simultâneas, o Congresso poderá ser acompanhado de qualquer lugar do mundo. A inscrição é gratuita e pode ser feita em amaviraras.org/congresso/

Totalmente online, com palestrantes no estúdio da Sonore, em Brasília, e participantes conectados pela internet – em respeito ao protocolo Covid-19 –, o evento reunirá pacientes, familiares, profissionais de saúde, parlamentares, estudantes e pesquisadores. O encontro abordará políticas públicas no tratamento de doenças raras; o diagnóstico precoce e terapêutico e o que vem depois – a peregrinação do paciente e do familiar; a infraestrutura de acesso do paciente no âmbito da rede de serviços públicos brasileiros; e a apresentação do perfil socioeconômico de algumas doenças raras.

Na abertura do evento para convidados, no dia 26, será exibido o documentário sul-africano Tin Soldiers, que retrata a vida de pessoas com Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP), ou síndrome do homem de pedra, uma doença genética muito rara que faz com que os tecidos moles do corpo, como ligamentos, tendões e músculos, vão se ossificando, ficando duros e dificultando os movimentos corporais.

Entre os especialistas confirmados estão médicos do Brasil e de outros países, como os portugueses especialistas em medicina do sono Miguel Meira e Cruz e Fernanda Dubourg, que abordarão a doença de Batten com a médica brasileira Emília Katiane Embiruçu, no dia 27/10.  Também portugueses, os oftalmologistas Ana F. Duarte e Eduardo D. Silva abrem a programação do dia 29 com o tema Neurofibromatose. A Hemofilia será abordada no dia 28/10 pelo médico norte-americano Guy Yong, em parceria com a médica brasileira Jussara Almeida, com o cofundador da Febrararas Rômulo Marques e o ortopedista Marcelo Ferrer.

Outros eventos

Aula online gratuita sobre Cannabis e epilepsia

A neurologista e pesquisadora mexicana Luisa Lilia Rocha Arrieta, com mais de 120 artigos publicados, vai abordar a aplicação de produtos de Cannabis com fins medicinais em tratamento de epilepsia e TCE (Traumatismo Crânio Encefálico) em uma aula online gratuita.  Além de levar conteúdo de qualidade para médicos, o evento também está aberto para estudantes de medicina, biólogos, farmacólogos e qualquer profissional de saúde interessado em expandir seus conhecimentos na ciência canábica.

Estima-se que mais de 4 milhões de pessoas podem ser beneficiadas por este tipo de terapia no Brasil. Luisa Lula falará sobre doenças de difícil tratamento como epilepsia e vai trazer informações importantes sobre a aplicação do CBD na rotina de pessoas que sofreram lesões na cabeça e como esses produtos reduzem os efeitos de impactos que atingem o cérebro. O evento é transmitido gratuitamente, às 19h desta quinta-feira (28), na ação “HempMeds Top Science” – confira no link.

Com Assessorias

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